Recebo essa pergunta diretamente dos pacientes na primeira sessão e de outras pessoas que têm curiosidade sobre iniciar o tratamento… e a resposta é NÃO. Vem que eu te explico o porquê. 

Em sua primeira sessão o paciente chega com um apanhado de informações complexas e muitas vezes desconexas da sua história de vida que envolve trabalho, relações interpessoais, sua percepção de comportamento e sofrimento emocional. O diagnóstico é feito de maneira precisa e com o tempo, observando sinais e sintomas a cada sessão, avaliando precisamente aspectos como sono, qualidade de vida, rotina de alimentação, estresse, linguagem corporal e histórico do uso de medicações.

Para muitas pessoas saber do diagnóstico pode ser importante em caso de afirmação de identidade, papel social, significado dos comportamentos, dores e angústias. O profissional de psicologia sempre vai compreender a melhor hora de informar ou não ao paciente sobre seu possível diagnóstico clínico. A partir disso, também é feito uma psicoeducação sobre o transtorno, melhor curso do tratamento, indicação de medicamentos com o psiquiatra e mudança de estilo de vida. 

Focar em como o sofrimento te afeta e como criar estratégias para lidar com dores emocionais é infinitamente mais vantajoso pra você. Sentir os âmbitos da vida afetados por desregulação emocional, dificuldade de exercer plenamente as funções executivas para atingir suas metas e como você se comporta diante de tudo isso é a mola propulsora do sucesso para se ter uma vida funcional, com hábitos sustentáveis a longo prazo e investir com confiança em suas relações interpessoais. A vida pode ser bonita quando bem vivida.