No entanto, existem alguns problemas críticos relacionados a tal prática que precisam ser considerados na equação final, como é o caso da administração de excipientes desnecessários ou que podem provocar reações adversas, como hipersensibilidade e intolerância; dados restritos sobre incompatibilidades entre os excipientes e sobre a estabilidade físico-química e microbiológica da formulação; falta de informações sobre a biodisponibilidade da forma farmacêutica obtida; erros de cálculos e de preparo, contaminação microbiana por manipulação inadequada e; problemas de aceitação.
Visando suprir esta demanda, tem crescido o número de pesquisas relacionadas a estudos de incompatibilidades e estabilidade de formulações obtidas por derivação farmacêutica, bem como tem aumentado o número de trabalhos científicos demonstrando o desenvolvimento de formulações chamadas de “pediatric-friendly”, viabilizando a administração e o ajuste de dose adequados para o público pediátrico.
Nesse contexto, ferramentas de Quality by Design têm sido empregadas no intuito de determinar os atributos críticos de qualidade de um produto destinado especificamente para crianças e neonatos, bem como avaliar a influência da composição da formulação e dos processos de produção na qualidade da formulação final. Assim, espera-se que em um futuro não muito distante, novas formulações que aliem segurança e eficácia, sejam desenvolvidas e voltadas para o tratamento de pacientes pediátricos.
Referências: 1. Reis, F., Pissarra, R., Soares, H., Soares, P., Guimarães, H., 2021. Off-label and unlicensed drug treatments in Neonatal Intensive Care Units: a systematic review. J. Pediatr. Neonatal Individ. Med. 10, e100213–e100213. https://doi.org/10.7363/100213. 2. Allen, H.C., Garbe, M.C., Lees, J., Aziz, N., Chaaban, H., Miller, J.L., Johnson, P., Deleon, S., 2018. Off-Label Medication use in Children, More Common than We Think: A Systematic Review of the Literature. J. Okla. State Med. Assoc. 111, 776–783. 3. Belayneh, A., Tessema, Z., 2021. A Systematic Review of the Stability of Extemporaneous Pediatric Oral Formulations. Sci. World J. 2021. https://doi.org/10.1155/2021/8523091. 4. da Silva, M.R.M., Dysars, L.P., Dos Santos, E.P., Ricci Júnior, E., 2020. Preparation of extemporaneous oral liquid in the hospital pharmacy. Brazilian J. Pharm. Sci. 56, 1–15. https://doi.org/10.1590/S2175-97902019000418358. 5. BRASIL. Assistência Farmacêutica em pediatria no Brasil. Ministério da Saúde, p. 1–88, 2017.
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