Fadiga muscular

Fadiga muscular

21 de março de 2023

Já sentiu seu músculo ardendo, queimando, fritando em algum exercício na musculação?

Qualquer atividade que nosso corpo exerça, demanda um gasto energético para que possa acontecer. Basicamente, essa energia provém de uma molécula: ATP (trifosfato de adenosina). Essa molécula vai sendo degradada ao longo do exercício físico, necessitando ser sempre restaurada por outras fontes energéticas: 

  • fosfocreatina, em primeira mão;
  • gorduras (triglicerídeos) ou carboidratos (glicose ou glicogênio muscular) em segunda mão, a depender da velocidade de ressíntese do ATP e da presença/ausência de O².

Musculação

Na musculação, principalmente quando você coloca intensidade no exercício, o organismo opta por utilizar a glicose/glicogênio muscular, já que ocorre a diminuição exacerbada de oxigênio nas fibras musculares.
Esta via de transformação de energia na ausência de O² chama-se ciclo da glicólise. Ela é capaz de gerar muita energia, porém gera um subproduto: o ácido lático, que será transformado em LACTATO.
Basicamente, temos aqui os ingredientes básicos para você sentir aquela sensação de queimação no músculo: músculo trabalhando intensamente e liberação de ácido lático (transformado em lactato) devido a diminuição de oxigênio nas fibras musculares.

Numa primeira visão, o lactato parece o vilão da história, mas na verdade, ele é o salvador da pátria. Assim que você descansa, no intervalo do seu exercício, disponibilizando novamente O² suficiente para os músculos, seu metabolismo vai utilizando o lactato para formar ATP e restabelecer as reservas de glicose/glicogênio que foram depletadas no exercício intenso.
Curiosamente, se você ficar completamente inativo/parado para descansar, a recuperação será mais lenta se comparada a permanecer em atividade de baixa intensidade (como uma caminhada leve, por exemplo). Isso pelo fato de essa atividade em baixa intensidade ser uma atividade aeróbica (utilizando O²) e utilizar parte do ácido lático, produzido anteriormente, como fonte de energia.

É importante destacar que o corpo se adapta ao aumento da produção de ácido lático com o tempo de treinamento, ou seja, a medida que o indivíduo se torna mais treinado, aumenta-se a eficiência do metabolismo do ácido lático/lactato e aumenta-se a tolerância ao esforço físico intenso.
Em resumo, o metabolismo do ácido lático é importante para a saúde e desempenho muscular. A produção excessiva de ácido lático e posterior transformação em lactato pode levar a dor muscular e fadiga, mas será benéfico por ser uma nova fonte precursora de energia.

Ou seja, treine e treine! Mantenha-se ativo!

Mariana Swiech
Mariana Swiech

Personal Trainer na área de hipertrofia e emagrecimento com saúde. Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.

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