- Pacientes adultos ou pediátricos (a partir dos 12 anos ou que pesem mais de 40 kg) que não necessitam de suplementação de oxigênio, com infecção confirmada por laboratório e que apresentam alto risco* de progressão para a forma grave da doença.
- Casos leves e moderados, é contraindicado para pacientes graves, pois anticorpos monoclonais podem estar associados a piora nos desfechos clínicos quando administrados em pacientes hospitalizados com COVID-19 que apresentem necessidade de oxigênio suplementar de alto fluxo e ventilação mecânica.
- Não é um tratamento indicado para a prevenção da COVID-19.
(*Fatores de alto risco: idade avançada, obesidade, doença cardiovascular, incluindo hipertensão, doença pulmonar crônica, incluindo asma, diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2, doença renal crônica, incluindo aqueles em diálise, doença hepática crônica, imunossuprimido).
O tratamento com casirivimabe e imdevimabe deve ser iniciado o mais rápido possível após um teste positivo para o SARS-CoV-2 e dentro de 10 dias após o início dos sintomas. A dose recomendada é de 600 mg de cada um dos anticorpos, administrados em associação pela via intravenosa, em administração única. Considerando todos os aspectos sobre esse tratamento, a via de administração e a seleção dos pacientes aptos ao uso, essa associação de anticorpos monoclonais é de uso RESTRITO a hospitais e sob prescrição médica, sendo a venda PROIBIDA ao comércio. O uso emergencial do Regn-CoV2 já foi aprovado nos Estados Unidos, Canadá e Suíça, e tem recomendação de uso pela Associação Europeia de Medicamentos. O laboratório Roche submeteu a solicitação de uso emergencial desse coquetel à ANVISA no dia 01/04/2021.
Nos estudos não clínicos sobre esse coquetel, não foram identificados problemas quanto à segurança que impedissem a continuidade da avaliação clínica desses anticorpos. Os resultados iniciais de eficácia demonstram que o benefício do tratamento foi observado a partir do 2º dia da aplicação do coquetel. Os principais resultados de eficácia demonstram que a administração do Regn-CoV2 1200 mg IV provoca uma redução de 70,4% no número de pacientes com hospitalização relacionada à COVID-19 ou morte por quaisquer causas quando comparado ao placebo. O tratamento com Regn-CoV2 foi bem tolerado, com perfil de segurança aceitável e baixas taxas (<0,03%) de reações de hipersensibilidade.
Os estudos permitem concluir que uma única dose IV de 1200 mg de Regn-CoV2 (600 mg de cada anticorpo) reduziu substancial e significativamente o risco de hospitalização relacionada à COVID-19 ou morte por todas as causas e tempo para resolução dos sintomas de COVID-19 em pacientes ambulatoriais com COVID-19 sintomático e com um ou mais fatores de risco para doença grave; os efeitos foram semelhantes aos do grupo de dose IV de 2400 mg. Além disso, o Regn-CoV2 demonstrou capacidade de reduzir a carga viral rapidamente, com resultados consistentes nos grupos de dose de 1200 mg e 2400 mg. Este efeito foi impulsionado pelo subgrupo soronegativo; efeitos menores nos pacientes soropositivos podem ser devidos aos seus níveis virais basais mais baixos e à observação de que, mesmo no grupo placebo, há eliminação do vírus (dados fornecidos à ANVISA pela farmacêutica Roche no relatório da solicitação de uso emergencial do medicamento).
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