Autoconhecimento
09 de março de 2023

Olá,
Como estão?

 

Essa semana vamos falar um pouco sobre: AUTOCONHECIMENTO.
Você já parou para pensar o quanto é difícil saber quem você é? 

Estava refletindo sobre isso essa semana, sobre reconhecer a mim mesma, sobre reconhecer meu “eu maior”, sobre o que sou, onde estou, aonde quero chegar. Fiquei me perguntando quantas vezes parei para pensar sobre isso e como é importante ter algumas dessas respostas.
 

Quando criança não pensamos muito sobre nós, ou talvez nem precisemos pensar, simplesmente vamos vivendo, com nossos cuidadores nos dando as direções, que para eles são mais certeiras. Então o tempo passa, chegamos a adolescência, o ego ganha o “tamanho do mundo”, e temos certeza que sabemos tudo o que desejamos, que somos donos de nós mesmos e vamos construir uma vida bela e plena. Bom, penso que é somente depois dessa fase que realmente começamos a nos questionar sobre nós e nossos caminhos.

Mas será que ser adulto é suficiente para sabermos quem somos? 

Quando chegamos a essas perguntas, estamos buscando exaurir a dor da ignorância. Saber que não entendemos sobre nós mesmos dói, e é nesse momento de dor que realmente conseguimos nos encontrar, quando paramos para pensar e enxergar o que possuímos a mais que corpo e mente, limpando toda a nebulosidade mundana que habita por ali. 
 

A essência humana é baseada em comparações, nós achamos que quando deixamos de nos comparar deixamos de nos conectar, e então passamos a vida olhando para o outro, buscando no outro respostas, como no processo de busca de uma agulha em um palheiro, o que ao contrário de responder nossas perguntas, nos gera ainda mais ansiedade e incertezas.
 

Cada ser humano é único, é alguém que sente, que vive, que respira e inspira coisas ou sentimentos. Então, cada um deveria saber ao certo as respostas para si dentro de si e não no outro, que é totalmente diferente. Já que só existe comparação por existirem diferenças entre cada um ou cada coisa.

 

Assim, para entrarmos dentro de nós mesmos e enxergarmos toda a complexidade que possuímos, devemos deixar de nos comparar, devemos transcender as limitações de percepção dos sentidos, transcender além das limitações físicas, além do agora, e entrar em uma percepção pacífica de si, nos sentirmos leves, tranquilos e transparentes.

 

A qualidade de nossas vidas é determinada pela forma que a conduzimos e não pelo que o outro tem ou deixa de ter, ou pelo que nós mesmos temos. A qualidade de nossas vidas é determinada pela paz e felicidade que sentimos. E para isso, para termos uma vida de qualidade, precisamos nos conhecer. Assim encontraremos a tranquilidade e a certeza de que estamos conduzindo nossos corpos, mentes e energias para o melhor lugar.

 

O nosso corpo, como já disse em outro texto, é uma máquina muito sofisticada e como toda máquina, precisa de alguém que a governe. Pense por exemplo em um avião, se o piloto não estudar todos aqueles botões e tentar voar, pode ser que ele nem consiga sair do chão, ou se sair, logo caia, pois sem ter real controle sobre a aeronave, ela não cumprirá sua função. Portanto, com nossos corpos e mentes é a mesma coisa, se não soubermos quais "botões" possuímos e como e quando devemos apertá-los, não saberemos conduzir nossas vidas para voos altos, apenas ficaremos planando sem chegar a lugar algum, e pior, com grande risco de acidentes evitáveis durante o caminho.

 

E você, tem sabido “pilotar” sua máquina?

 

Conte um pouco para nós sobre isso.

Abraços, e até logo.

Quéren Sales
Quéren Sales

Médica psiquiatra formada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - Curitiba. Residência Médica em Psiquiatria no Hospital Psiquiátrico São Pedro - Escola de Saúde Pública - RS. Fellowship em Neuropsiquiatria Geriátrica HCPA-RS.

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